Encontro do curso “O Golpe de 2016 no Brasil” debate Pré-Sal e soberania nacional

O Auditório Hilton Salles recebeu, no dia 14/06, a palestra de Relações Internacionais “As riquezas do pré-sal e a soberania nacional na conjuntura do golpe”. O evento fez parte do curso de extensão “O Golpe de 2016 no Brasil“.

Mediada pelo professor Caio Bugiato (DHRI), a mesa contou com os professores Luiz Felipe Osório (DHRI) e Giorgio Romano, docente do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e ex-técnico em Planejamento e Pesquisa e Coordenador da área de Estudo de Economia e Política Internacional do IPEA.

Mesa composta pelos professores Giorgio Romano, Luiz Felipe Osório e Caio Bugiato (Foto: Divulgação).

 

“Se o capitalismo é internacional, o golpe também é internacional”

 

O professor Luiz Felipe Osório, antes de entrar no assunto da palestra, comentou sobre o encontro entre os presidentes Donald Trump, dos Estados Unidos, e Kim Jong-Un, presidente da Coréia do Norte, que havia acontecido na noite anterior. Depois, o docente da UFRRJ falou sobre os golpes de Estado, não só no Brasil, mas em diversos países da América Latina e como estas mudanças de governo influenciam na relação com o mercado internacional.

Se o capitalismo é internacional, o golpe também é internacional. Tanto que as primeiras medidas tomadas por esse governo visam o capital estrangeiro. São medidas que visam a privatização de estatais. São medidas que visam o enquadramento da classe trabalhadora via reformas, ou seja, diminuindo os custos da mão-de-obra, aumentando o espaço para obtenção de valor”, disse o professor.

 

“Por trás das petroleiras tem Estados Nacionais”

 

O professor Giorgio Romano abordou o papel da disputa pelas riquezas do Pré-Sal, maior reserva do Brasil com a expectativa de que exista cerca de 80 milhões de barris de petróleo e gás e que se localiza entre o Alto de Vitória-ES e o Alto de Florianópolis-SC. Segundo Giorgio, a Petrobrás, por ter descoberto o Pré-Sal, atraiu a atenção internacional e foi um das motivações para o golpe de 2016.

“As petroleiras de todo o mundo se incomodaram com a lei da partilha e a tese de que ‘o petróleo é nosso’ e por trás das petroleiras tem Estados Nacionais”, afirmou o professor da UFABC.

Ao final dos discursos, foi aberto uma debate sobre o tema envolvendo o público presente.

 

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